quinta-feira, 17 de março de 2011

[Seminário]

Gabriel Setra Dantas RA 0901358685
5º Semestre TADS



Engenharia de Software e Gerência de Projetos
Fatores Humanos – A Influência na Qualidade de Software

• Introdução
Quando se fala em qualidade de software, geralmente tem-se em mente as seguintes variáveis: pessoas, processos e tecnologia. Neste caso pretende-se focar na variável pessoas, ou seja, nos fatores humanos que geram diretamente influência na qualidade do produto.

• Fatores humanos que influenciam na qualidade

Pressão no Desenvolvimento de Software

No ambiente de desenvolvimento de software, a pressão aumenta consideravelmente quando os cronogramas deixam de funcionar e o número de defeitos encontrados no projeto torna-se incontrolável. Neste momento, em que ninguém mais sabe o que fazer para salvar o projeto, os indivíduos envolvidos sofrem com estresse, discussões podem surgir a cada minuto e a pressão acaba sendo combatida com mais pressão.

A área comercial, nas empresas de TI, também trabalha sob pressão para obter resultados. Além da concorrência, a margem de lucratividade é pequena e neste caso é necessário vender mais serviços para obter os resultados esperados. Nesta corrida sem freio, os vendedores às vezes são levados a realizar promessas irreais quanto a prazos ou especificações de produtos e serviços. Isto traz ainda mais pressão para a área técnica. Para cumprir os prazos idealizados pelos ven¬dedores, muitas vezes a equipe técnica precisa simplificar o produto o máximo possível para reduzir a carga de trabalho o que acaba por comprometer a qualidade final do produto

A cultura de horas extras

Pela falta de processos definidos, na maioria das empresas existe muito re-trabalho. A triste realidade é que o sucesso de muitos projetos ainda depende do esforço heróico dos profissionais, soluções para “apagar incêndio” fazem parte do dia a dia dos profissionais de T.I. Com um mau planejamento, cumprir o cronograma se torna uma ta¬refa árdua, e para não decepcionar o cliente, os profissionais de T.I desdobram-se tentando realizar atividades às vezes complexas em que se envolve concentração e detalhe após o expediente. E as horas extras em muitas empresas acabam se tornando rotina.

Histórias de Vida

• Permissão para ir embora
• Após quase 10 horas de trabalho, às 19h, Juvenal está saindo do escritório, quando o gerente diz:
• Juvenal, por que você está indo embora tão cedo?
• Juvenal leva um grande susto e pensa muitas coisas:
• Gasto 1h30 para chegar em casa de ônibus. Não estou me sentindo tão produtivo. Se ficar, meu trabalho será ruim e ouvirei reclamações depois. Se for embora, vou ficar “queimado” e posso perder o emprego. O gerente dirá que o projeto está atrasado e que não visto a camisa. O que fazer?
• Juvenal, você sabia que o projeto está atrasado? Existe motivo real para você sair tão cedo?
• Não tenho carro e preciso pegar o ônibus que sai agora
• Ok, vá, mas amanhã conversaremos
• No dia seguinte Juvenal é ameaçado de perder o emprego
• Juvenal percebe que deve pedir para sair no horário e passa a fazer sucessivas horas extras, trabalhando, em média, 12h/dia



Conflitos interpessoais

O desenvolvedor pode se sentir realmente responsável por sua criação a ponto de defendê-la (ou de defender seu trabalho) até as últimas instâncias. Por existir essa relação de posse entre o desenvolvedor e o produto, é possível entender o porquê os testes de sistema efetuados pelo próprio desenvolvedor se tor¬nam tão ineficazes. A tendência (muitas vezes inconsciente) do desenvolvedor ao efetuar esses testes é a de promover situações assertivas em que o software apresenta bom desempenho e os erros reais não são percebidos. Daí a necessidade dos analistas de teste para executar as atividades de testes do sistema con¬siderando os requisitos inicialmente levantados.
Mas essa relação de trabalho entre testador e/ou analista de testes e desenvolvedor em muitas empresas de TI têm sido a principal origem de conflitos interpessoais, pois os defeitos encontrados no software pelo testador podem ser interpretados pelo desenvolvedor como uma crítica pessoal e a reação pode acontecer de forma inconsciente

• Relação comercial-desenvolvimento
• Ideias que na prática não são feitas
• Há conflitos de interesses entre as áreas comercial e técnica
• Comercial trabalha sobre pressão por resultados
• Grande competição, margem de lucro pequena
• Vendedores são levados a realizar promessas irreais
• Técnica sofre com seus próprios problemas
• Prazo, modificação nos requisitos, correções de erros
• Tendência do desenvolvedor é simplificar o máximo possível
• Oposta a área comercial
• Possível solução: área intermediária entre as duas
• Pessoas com conhecimento nas duas áreas
• Harmonizar as expectativas do setor comercial com as possibilidades de realização do setor de desenvolvimento


• Boas práticas para as influências humanas

Planos realísticos

Planos realísticos e honestos devem fazer parte das organi¬zações maduras. Uma estratégia muito adotada para ganhar a concorrência é propor custos ou prazos reduzidos. Essa prática é desleal e desastrosa. As principais consequências são projetos de baixa qualidade – perdendo-se a confiança do cliente, e também pressão e estresse no desenvolvimento, perdendo-se o espírito do trabalho em equipe

Investimentos no profissional de T.I

Atualizar, especializar, certificar são ações comuns e necessárias para profissionais de qualquer área. Para a tecnologia da Informa¬ção, estas ações ganham uma atração especial uma vez que esta área sofre constantes evoluções, o que requer acompanhamento por parte dos profissionais.
Evolução de hardware, software, técnicas, ferramentas, me¬todologias são frequentemente anunciadas e algumas destas trazem resultados expressivos em diversas circunstâncias a uma organização.
Os funcionários mais antigos sentem-se valorizados quando há investimento em sua formação contínua. Novas necessidades de treinamento podem surgir no decorrer dos novos projetos como processos, linguagens ou ferramentas ainda não conhecidas. Uma estratégia que reduziria os custos é treinar o pessoal disponível ao invés de contratar novos.

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